LED é um acrónimo para
Light Emitting Diode (Díodo Electroluminescente) tendo os primeiros LEDs sido produzidos nos anos 60 do século XX. Os primeiros eram de cor vermelha, tendo depois aparecido os verdes e os amarelos. No princípio tinham um rendimento luminoso fraco e eram muito caros mas desde muito cedo substituíram as pequenas lâmpadas de incandescência usadas como sinalizadores luminosos em todo o tipo de painéis de instrumentos, dada a conveniência da sua longevidade.
Curiosamente foi bastante difícil a obtenção de um LED que emitisse na cor azul, o que só foi conseguido nos anos 90 por 3 japoneses, Shuji Nakamura, Isamu Akasaki e Hiroshi Amano, que ganharam em 2014 o prémio Nobel devido a essa descoberta.
Lembro-me de os produtos japoneses numa primeira fase terem fama de fancaria, um bocado como agora uma boa parte dos produtos chineses, de uma segunda fase em que começaram a ser sinónimo de grande qualidade mas em que frequentemente se dizia que os japoneses se “limitavam a copiar e fazer um pouco melhor” mas que a criatividade estava no Ocidente e agora, numa área de tecnologia de ponta, chegaram primeiro à solução de um problema que certamente toda a gente estava interessada em resolver.
A descoberta do LED azul e as grandes melhorias na eficiência dos díodos tornaram viável a aplicação de LEDs para iluminação de interiores, além da sua utilização nos ubíquos monitores de televisão.
É impressionante a rapidez com que algumas tecnologias desaparecem. As lâmpadas fluorescentes compactas, que foram aconselhadas pela DECO (DEfesa do COnsumidor) em 2004, como substitutos tecnica e economicamente interessantes das lâmpadas de incandescência vão entrar na obsolescência apenas uma década depois de terem sido introduzidas, a DECO recomenda agora, em 2015, as lâmpadas LEDs! As lâmpadas de incandescência aguentaram-se mais de cem anos!
Um pouco antes do surgimento das lâmpadas fluorescentes compactas para as habitações particulares constatei a sua introdução maciça em hotéis e em outros edifícios públicos, é possível que devido a descontos de volume as lâmpadas se tornem economicamente interessantes para edifícios públicos um pouco mais cedo do que para as casas particulares. Em Maio do ano passado estive num hotel onde já só se viam lâmpadas LEDs e elas aí estão em força, a retirar as fluorescentes compactas das prateleiras.
Dada a enorme versatilidade das formas que a tecnologia LED torna possível, prevejo grandes oportunidades para os projectistas de iluminação.
Deixo a imagem de um dos muitos tipos de lâmpadas LED, neste caso praticamente equivalente a uma lâmpada de filamento incandescente.