Tirei este slide no início de Setembro de 1974, em que a margem de Ferragudo se reflectia na ria do Arade, numa tranquilidade alheada do Processo Revolucionário então Em Curso. Vou de férias, passem bem.
2009-08-11
2009-08-08
A clarividência
Magritte pintou em 1936 este quadro, em que o pintor representado é um auto-retrato, que intitulou "La clairvoyance".
A execução dos quadros de Magritte segue bastante os cânones académicos, como de uma forma geral acontece com os outros pintores surrealistas. O interesse reside nas associações de ideias que as imagens suscitam.
A execução dos quadros de Magritte segue bastante os cânones académicos, como de uma forma geral acontece com os outros pintores surrealistas. O interesse reside nas associações de ideias que as imagens suscitam.
2009-08-06
Magritte V2.0
Em 1935 Magritte fez o que agora se chamaria a V2.0 do quadro "A condição humana".
Nele estão todos os elementos do anterior mas além disso é explicitada uma operação que o nosso cérebro executa frequentemente: a extrapolação. Embora a parede não deixe ver o que está por trás, nós pensamos que a seguir à abertura através da qual vemos a praia e o mar existirá um prolongamento idêntico ou muito semelhante ao que está explicitamente à nossa vista (ou tapado pelo quadro...).
2009-08-03
Magritte – A Condição Humana
No outro dia, após uma reunião em Bruxelas, tive um bocadinho livre antes de apanhar o avião para uma visita breve ao museu sobre o Magritte que abriu recentemente. O museu é interessante, de dimensão razoavelmente pequena, mas grande parte dos quadros deste pintor belga estão dispersos por colecções de museus e de particulares, pelo que os livros sobre a obra do pintor terão provavelmente mais reproduções de quadros do que este museu. O interesse estará mais nos documentos expostos e nas referências à vida deste artista. A loja deverá também estar bem abastecida. Terei que lá voltar.
Entretanto pensei ser estranho ainda não ter apresentado um único quadro de René Magritte neste blogue que se intitula “Imagens com Texto”. As imagens de Magritte costumam ter títulos tão sugestivos como eu gostaria de descobrir, para as imagens que aqui vou apresentando.
A propósito do quadro que segue, feito em 1933 e intitulado “A Condição Humana”
o próprio Magritte escreveu: “Eu coloquei em frente de uma janela, vista do interior dum quarto, uma pintura representando exactamente a parte da paisagem oculta pela própria pintura. Portanto, a árvore representada na pintura escondia a árvore localizada por trás dela, fora do quarto. Ela existia para o espectador, desta forma, ao mesmo tempo dentro do quarto na pintura e fora do quarto na paisagem real. Que é como nós vemos o mundo: nós vê-mo-lo como existindo fora de nós próprios, mesmo que seja apenas uma sua representação mental o que nós sentimos dentro de nós”. (tradução minha duma citação feita na pág. 706 de Gödel, Escher, Bach, An eternal Golden Braid, de Douglas R. Hofstadter, citando Suzi Gablik (presumo que em Magritte (London, 1970), p.184), citando o próprio René Magritte)
Entretanto pensei ser estranho ainda não ter apresentado um único quadro de René Magritte neste blogue que se intitula “Imagens com Texto”. As imagens de Magritte costumam ter títulos tão sugestivos como eu gostaria de descobrir, para as imagens que aqui vou apresentando.
A propósito do quadro que segue, feito em 1933 e intitulado “A Condição Humana”
o próprio Magritte escreveu: “Eu coloquei em frente de uma janela, vista do interior dum quarto, uma pintura representando exactamente a parte da paisagem oculta pela própria pintura. Portanto, a árvore representada na pintura escondia a árvore localizada por trás dela, fora do quarto. Ela existia para o espectador, desta forma, ao mesmo tempo dentro do quarto na pintura e fora do quarto na paisagem real. Que é como nós vemos o mundo: nós vê-mo-lo como existindo fora de nós próprios, mesmo que seja apenas uma sua representação mental o que nós sentimos dentro de nós”. (tradução minha duma citação feita na pág. 706 de Gödel, Escher, Bach, An eternal Golden Braid, de Douglas R. Hofstadter, citando Suzi Gablik (presumo que em Magritte (London, 1970), p.184), citando o próprio René Magritte)
Subscrever:
Mensagens (Atom)