2019-02-20

Isabel Stilwell avisa: Muito cuidado com os MBAs!


Isabel Stilwell descreve a dificuldade que tem em distinguir entre "Networking" e o crime que consta no Código Penal de "Tráfico de influência".

Aconselho a leitura na íntegra do artigo publicado no Jornal de Negócios, deixando aqui uma citação do texto, com ligação correspondente:

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O Acess MBA, por exemplo, assegura que um estudo feito entre ex-alunos do MBA revelou que o "networking" era uma das três razões mais importantes que levavam a escolher aquele tipo de formação. E acrescentam: "O 'networking' é a chave do sucesso da sua carreira." Mas avisam: "Deve ser feito como deve ser" para atingir o objetivo proposto. Entendido. E qual é o objetivo proposto? Tenha calma, que explicam tudo. O objetivo final é, e cito, "construir uma teia de relações mutuamente úteis que permitem usufruir de uma quantidade imensa de oportunidades".

A especificação desta atitude perante a vida que, asseguram, acaba por garantir emprego à maioria dos finalistas, está presente em todos os programas, de uma forma ou de outra, quando se aconselha a que nunca peça um favor ou uma oportunidade, sem oferecer alguma coisa em troca. Deixo no original, que pensando bem tem mais impacto: "Ask how you may be able to help them. Always offer to give back." ("Pergunte como pode ajudá-los. Ofereça sempre uma contrapartida"). Como? Primeiro troque e recolha informação, depois recolha nomes, de seguida faça amizade, e por fim pergunte o que pode fazer por eles. De preferência num "Breakfast with CEOs". Aliás, como diz o The Lisbon MBA, fica a garantia - depois de desembolsados 38 mil euros, por um ano de aprendizagem - que se sai de lá com "uma 'network' de contactos profissionais que serão a chave para a gestão de uma carreira vitalícia".

Ou dito de outra forma, "Ajudas-me com o ferro velho?", "Claro, Pá!", "E como te posso pagar o favor?", "Deixa lá isso, mas por acaso estava-me a apetecer um robalo fresquinho." E choldra com eles.
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