2016-06-05

Arrumação por Marie Kondo


Ouvi falar deste livro que comprei e li com agrado.

Tenho grande dificuldade em encontrar coisas em ambientes desarrumados, motivo que me parece ter sido determinante para manter normalmente os ambientes em que vivo bastante arrumados.

Contudo, considerando a extraordinária simplicidade de muitos ambientes japoneses tive curiosidade em verificar se esta japonesa me trazia mais ideias sobre como arrumar melhor.

De uma forma geral gostei do livro e concordo com a autora na importância crucial de diminuir o número de objectos que guardamos na nossa vida, quer seja no trabalho quer na nossa casa.

Não fazia ideia do número de livros dedicados a este tema e notei que por vezes concordava mais com as obras concorrentes citadas pela autora do que com ela própria.

Pareceu-me também questionável a ordem de arrumação por ela sugerida: roupas, livros, papéis, objectos e lembranças. A justificação desta sequência consiste em ser mais fácil deitar fora a primeira categoria da lista, aumentando a dificuldade nas categorias seguintes. Existirão certamente pessoas para quem esta ordem não seja a de dificuldade crescente.

Achei curiosa a referência frequente ao longo do livro a uma concepção animista do mundo, ao sugerir que se agradeça aos objectos de que nos separamos o que eles fizeram por nós.

Talvez noutra altura fale um pouco mais dum livro “Cultures and Organizations” de Geert Hofstede, onde refere a persistência por muito tempo dos valores culturais das diversas sociedades mesmo quando adoptam e/ou criam grandes inovações tecnológicas.

Neste blogue tenho algumas imagens do Japão.




Aproveito a oportunidade para mostrar este magnífico biombo em que se nota uma certa ordem, harmoniosamente combinada com alguma desordem, como é hábito observar nos maravilhosos jardins japoneses.

Trata-se do anúncio duma exposição de que mostrei alguns objectos aqui e aqui.


Sem comentários: