2016-03-14

Três caixinhas e balanço de cores


Não me tem apetecido frequentar cursos de fotografia, tenho-me limitado a ler partes de alguns livros e parte dos manuais das máquinas fotográficas que vou comprando. com a minha ignorância tenho tido dificuldade em tirar fotografias com flash, parece-me que é necessário alguma técnica para que as fotos com flash fiquem bem. Assim, fiquei com outro problema por resolver que consiste no balanço de cores (termo que deriva de tradução literal de "color balance", seria melhor usar "equilíbrio de cores"), operação necessária quando se fotografa cenas interiores iluminadas por lâmpadas de incandescência.

O nosso cérebro vai-se adaptando à tonalidade da luz ambiente, corrigindo automaticamente as cores que vemos, garantindo na maior parte dos casos que uma peça branca é vista como tendo a côr branca mesmo quando o que vemos é uma tonalidade amarelada derivada da fonte de luz ter uma baixa temperatura de côr, como por exemplo 2400ºK. De uma forma geral os cérebros de pessoas diferentes fazem conjecturas semelhantes sobre a temperatura da cor da fonte luminosa embora nem sempre, como aconteceu com um vestido que ficou famoso.

Com as máquinas analógicas, ou se usavam filtros ou as provas em papel eram corrigidas pelas casas de fotografia onde se encomendavam as amplicópias. Nas máquinas digitais existe um controlo "White Balance" que pode estar em modo automático ou ser manualmente ajustado. Normalmente o modo automático é insuficiente

Dada a pouca frequência com que tiro fotos, acabo por me esquecer dos controlos das máquinas, sobretudo destas digitais com um mundo de possibilidades. Porém, ainda me consigo lembrar de como se muda o White balance nas tais condições de fotos de interiores iluminados por lâmpadas de incandescência ou equivalentes, em que o modo automático das minhas máquinas tem sido insuficiente para evitar que fique tudo muito avermelhado.

Desta vez fotografei umas caixinhas decorativas na minha casa, com diâmetros entre 5 e 6cm, a da esquerda da Tailândia, de porcelana, a do centro veio da China de laca vermelha a da direita de papier maché, já não me lembro de onde veio, talvez seja indiana.



Estava nesse dia um céu limpo e muito azul e achei que a foto tinha ficado um bocado azulada. Pela primeira vez usei o controlo de brancos para corrigir uma foto tirada com a luz do dia (provavelmente já deveria ter feito isto mais vezes), disse que a luz era de 5300ºK e gostei mais do novo tom da foto:




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