2011-11-21

Frank Lloyd Wright (1867-1959)

Não vou agora maçar muito os leitores com questões sobre a cultura da juventude dos dias de hoje, embora não resista a maçá-los um bocadinho.

Fiquei mal disposto com a notícia recente da existência de um vídeo, que não cheguei a ver, onde era mostrada “anecdotal evidence” da falta de cultura da juventude portuguesa. Este tipo de exercício analisado aqui, serve para nos convencer que educar esta choldra é deitar dinheiro à rua, bastam uns colégios caros para a elite, subsidiados pelo ministério da educação, que cortará as verbas para as escolas públicas, que somos todos uns madraços e incompetentes, que temos que trabalhar mais horas por menos dinheiro, que não devemos ter feriados e que nem vale a pena pensar porque somos uns nabos e temos uns senhores que pensarão por nós de forma muito melhor do que o povo alguma vez será capaz. Pertence ao conjunto de ideias da parte mais reaccionária da nossa sociedade.

Entretanto só agora descobri que o LEGO iniciou em 2008 a série Architecture, em que foram incluídos em 2009 modelos da Casa da Cascata e do Museu Guggenheim de Nova Iorque, conforme se constata nesta prateleira da loja do MET


A juventude (e os menos jovens) terá assim mais esta oportunidade lúdica de apreciar grandes mestres da arquitectura. Na loja tinha ainda este painel de vidro colorido do Frank Lloyd Wright. Não sou grande fã de janelas que deixam passar a luz sem me deixar ver o exterior, mas posso abrir excepções como no caso deste painel:


Li algures que o F.L.Wright sugeriu que o museu Guggenheim fosse construído noutro sítio porque não gostava de Nova Iorque. A localização do museu junto ao Central Park mitigou esse desagrado. Para regressar à Natureza (sob a forma de parque bem tratado) deixo aqui uma imagem do Riverside Park de Nova Iorque, na zona ao pé da Universidade de Columbia



seguido de um esquilo no seu buraco de árvore que me fez lembrar os simpáticos Tico e Teco

5 comentários:

Helena Araújo disse...

A LEGO lembra-se de cada coisa!

Gostei de ver essas casas, mas do que eu gostava mesmo, em miúda, era ter uma caixa cheia de portas e janelas e fazer as minhas próprias casinhas muito Raul Lino.

DL disse...

Muito mais do que a "ignorância dos jovens", preocupa-me por demais ter um primeiro-ministro que inventou ter lido um livro que nunca foi escrito, a Fenomenologia do Ser, de Sartre, para parecer mais culto do que é. O desconhecimento devia ser total, já que um homem relativamente jovem e pragmático nunca iria citar o célebre filósofo estrábico (cuja leitura é, de resto, intragável). Acho que o título mais apropriado aqui é, certamente "A Náusea".

jj.amarante disse...

Helena, eu não tive tanta sorte, na minha infância só tive direito a uma mini-casinha, talvez de 4 x 8, com uma porta e duas janelas, mas desforrei-me com o Lego dos meus filhos, que foi abundante, e o dos netos parece que vai ser ainda melhor.

DL, parece que os alguns dos primeiro-ministros ficaram com pouco tempo para se cultivarem, o que não admira dada a tendência para as reuniões em Portugal se eternizarem e eles terem que participar em muitas. Lembrei-me dos concertos para violino do Chopin...

George Sand disse...

Fantásticas imagens.
Quanto à Lego -ando para escrever sobre isso-acho que se perdeu muito da imaginação para estes modelos "para copiar". Foi o brinquedo da minha infâcia...non empo em que tinhamos que inventar tudo. Agora é servido pronto...tenho saudades do Lego antigo e simples que proporcionava o mundo. Não tinha robôts nem museus, mas tinha o mundo inteiro.

jj.amarante disse...

George Sand, as casas com componentes genéricos são as melhores mas julgo que estas permitirão variantes ao modelo sugerido, poder-se-á considerar como uma introdução ao trabalho de equipa. E lembro-me de ter gostado de fazer naves espaciais.