2011-12-31

Alvorada em Isawa na província Kai

É a quarta vez que publico uma estampa de Katsushika Hokusai no último dia do ano. Não é uma tradição muito antiga mas continua a parecer-me boa, existe uma grande quantidade de imagens de grande beleza e tenho assim resolvido o problema da escolha do tema para este dia especial. Já a qualidade do texto que a acompanha poderá sofrer maiores variações.

Para este ano escolhi a imagem representando a "Alvorada em Isawa na provícia Kai"



Nesta alvorada a paisagem está envolta na neblina matinal mas não é de esperar que apareça o D.Sebastião. O mais parecido que talvez se tenha arranjado em Portugal para diversificar no presente a nossa dependência externa são uns Capitalistas de Estado, asiáticos como os japoneses, mas vivendo um pouco mais a Ocidente.

Os viajantes começam as viagens cedo, quer para aproveitar a luz do dia, quer para evitar o calor do Sol a pino, neste caso não se trata de emigração pois vão a pé e a cavalo, a emigração do Japão naquela época sem aviões só se fazia de barco, sendo pouco provável que fosse sugerida pelos governantes.

Desejo aos leitores deste blogue um Bom Ano Novo de 2012.

2011-12-30

Túmulo do poeta Hafez (1315-1390) em Shiraz

De vez em quando somos influenciados pelo conselho de que devemos ler os clássicos e foi assim que encomendei “A riqueza das Nações” na Amazon. Não consegui passar dos 3 ou 4 primeiros capítulos, não só porque contem muitos detalhes datados mas também porque, dado o brilhantismo de muitas das ideias expostas, se fica com a sensação de que já se leu aquelas linhas de raciocínio em muitos sítios.

Quando se encomendam livros na Amazon passamos a receber de vez em quando e-mails dizendo-nos que quem comprou aquele livro que nós comprámos também comprou o outro livro que eles se propõem vender-nos e foi assim que cheguei ao conhecimento da existência da “Teoria dos Sentimentos Morais”, também escrito pelo Adam Smith, que era professor de Moral numa Universidade. Já o comprei mas ainda está na ”lista de espera”, tendo entretanto vindo a aumentar os textos que tenho lido em que se referem a esta obra.

Toda esta conversa para referir que abrindo este último livro ao acaso li que as modas de vestir mudam com muita frequência, ainda mais do que as do mobiliário. Bastante mais tempo duram as obras da arquitectura em pedra mas um poema bem escrito pode durar todo o tempo do mundo.

Surpreendeu-me constatar esta superior permanência de coisas imateriais aparentemente tão frágeis como um poema.

Vem isto a propósito do túmulo do poeta Hafez na cidade de Shiraz, antiga capital do Irão, colocado num recinto muito visitado por turistas, na grande maioria iranianos


e é neste espaço ajardinado que se encontra o túmulo do poeta, protegido por este abrigo sobre colunas


já mostrado no meu penúltimo post onde dou destaque ao maravilhoso tecto que tem uma imagem duma grande qualidade neste sítio da Wikipédia.


A construção actual data dos anos 30 do século passado.


Fiquei surpreendido pelo número de visitantes deste sítio, não conheço um único túmulo em Portugal que seja tão visitado como este, nem o túmulo de Luís de Camões na igreja do mosteiro dos Jerónimos merece tanta atenção, as pessoas deslocam-se mais para ver a igreja, o portal e o claustro do que propriamente o túmulo, que é provavelmente um cenotáfio pois é muito duvidoso que as ossadas sejam do poeta.


Estas visitantes tinham um ar compenetrado (pelo menos duas delas) e na fotografia seguinte podem-se ver algumas  que trazem livros provavelmente com poemas do poeta para os lerem ao pé do seu túmulo! Poemas que foram escritos no século XIV!


Não resisto a reparar na falta de decoro de um dos homens ao pé do túmulo, com os cabelos ao vento e os braços desnudados por uma camisa de manga curta.


Julgo que se mantém no Irão a proibição das iranianas assistirem ao vivo a jogos de futebol, alegadamente para não se perturbarem com a visão dos jogadores com as pernas e os braços à mostra, na televisão de Portugal passou há pouco tempo um filme iraniano em que essa proibição era um dos temas.



Não sendo eu um grande fã de poemas mesmo assim deixo aqui uma ligação para vários poemas deste poeta, e para o seu Ghazal 1 sendo o Ghazal uma forma poética que tendo sido inventada no Irão se espalhou por muitos sítios, até na Alemanha, neste caso divulgada por Goethe.

2011-12-24

Natal

Mostro agora uma mistura de arte contemporânea com uma tradição muito antiga.

Trata-se de uma exposição de pinturas que presumo serem obras de alunos da catequese, provavelmente dos últimos anos, que encontrei na parede de uma igreja ortodoxa de Sófia em 2005



Na linha de cima tem 3 representações da Virgem Maria com o Menino Jesus e uma do Cristo Pantocrator (Todo-Poderoso). Ainda preciso de me informar sobre as letras O, ω e N que aparecem na auréola do Cristo.

Parece que nas representações bizantinas da Natividade prescindem com maior frequência do São José, deixando apenas a Virgem e o Menino.

Na linha de baixo tem representações que desconheço mas a última do lado direito parece ter uma lágrima prateada debaixo da vista direita, sugerindo uma Mater Dolorosa.

Fico na dúvida se se trata de uma arte viva, por continuar a ser executada nos dias de hoje, ou de uma arte morta por ter aparentemente pouca inovação.

Um Bom Natal para todos.

2011-12-22

Firooz Zahedi

Na galeria seguinte, que agora sei chamar-se "Leila Heller Gallery" esta foto duma muçulmana com o rosto quase todo tapado chamou-me a atenção, havia qualquer coisa de familiar


olhando mais de perto, os olhos eram realmente parecidos aos da Elisabeth Taylor


e afinal não só eram parecidos com eram mesmo dela, como explicava neste texto


e era depois patente nesta foto com vestido e adornos locais



mas o que ainda me chamou mais a atenção foi esta outra foto


da Elisabeth Taylor junto a uma construção que reconheci tratar-se da estrutura protectora do túmulo do poeta iraniano Hafez, na cidade de Shiraz, com o maravilhoso tecto que eu fotografara em Abril de 2010



e do qual mostro com mais detalhe a parte central

2011-12-21

Richard Serra



Na Gagosian Gallery estavam expostas umas obras do Richard Serra, do qual só conheço as esculturas enormes compostas por placas de aço enferrujado, dispostas em superfícies com variadas curvaturas, criando situações vagamente labirínticas.

A primeira memória que tenho de ver este género de escultura está no museu Guggenheim de Bilbau, não sei se fazia parte da exposição permanente ou se estava lá só temporariamente.

Mais tarde vi uma escultura destas num parque duma cidade europeia mas não me consigo lembrar qual.

De uma forma geral gosto destas esculturas, gosto do tom do aço enferrujado, sobretudo nos tons mais claros que fazem lembrar contraplacado de madeira e acho alguma graça a andar entre as placas, desde que não seja por muito tempo.

Mas não as acho extraordinárias.

A seguir mostro outras placas ainda na galeria Gagosian


Depois lembrei-me que no MoMA, pelo menos em Agosto/2007 quando tirei a foto seguinte, também existia uma escultura do Richard Serra com placas de aço enferrujadas no pátio interior do museu. Na altura gostei também da parede de vidro com alguns dos gabinetes do MoMa, que se vêem ao fundo

2011-12-20

Nick Cave (performance artist)

Na Jack Shainman Gallery estavam expostas estas obras (Soundsuits) deste artista



a primeira impressão que me ficou foi de muita alegria e de muita vida, sempre variando um pouco do ambiente depressivo que se vai espalhando pelo mundo ocidental.

A disposição das peças numa "ilha central" tornava mais natural a observação simultânea das obras de arte e dos seus espectadores, alguns deles certamente estudantes




A rapariga de roupa colorida, com casaco vermelho-tijolo e meias de tom turquesa escuro, quase podia fazer parte da exposição...


Diz na Wikipédia que os primeiros "fatos" deste artista eram feitos com ramos finos de árvores como neste exemplar aqui ao lado.


Julgo que a obra de forma circular afixada na  parede na foto seguinte também é do Nick Cave


Além do fotógrafo apenas o miúdo asiático parece naquele momento estar desconcentrado em relação às esculturas



e finalizo mostrando as esculturas vistas do ângulo das espectadoras da imagem anterior

2011-12-15

Chelsea - 2

Continuando a vaguear pelas galerias de arte do bairro de Chelsea, gostei da textura da parede deste elevador


e também apreciei a vista desta janela (gosto de horizontes com profundidade)


que mostro aqui mais liberta do seu enquadramento



Nest última galeria não devo ter gostado de nenhuma das obras porque o que fotografei a seguir foi este prédio, e mais os seus espelhos


que me fizeram lembrar esta "Cerca Espelhada" da Allyson Shotz que já referira aqui e aqui


claro que uma cerca espelhada colocada num relvado assume muitos aspectos diferentes, como este


ou este


que nos faz ver que o quadro "Le blanc seing" (O cheque em branco) de Magritte não é tão irreal como parece à primeira vista...

2011-12-12

Prédios em Chelsea

Visitar as galerias de arte num bairro tem, em relação a um museu, a vantagem de cada galeria ser um espaço muito mais pequeno e entre duas galerias há a oportunidade de espairecer a vista nos prédios do bairro. No bairro de Chelsea, em Nova Iorque, havia alguns interessantes como este


em que a fotografia me parece mais um esboço (feito a computador ou à mão) dum projecto de arquitectura ou mesmo uma prancha de BD, talvez seja pela luz muito crua.

As próprias figuras humanas pareciam tanto personagens de Banda Desenhada que fui ver a foto ampliada na zona do passeio


e fiquei convencido que podia mesmo ser uma prancha de BD, só não sei bem a que desenhador atribuir este traço. Gostei do reflexo doutro prédio numa das janelas por cima da tabuleta.

Noutro intervalo entre galerias vi este conjunto



com um prédio original mas aparentemente bastante torto. Este género de originalidades só ficou viável com a disponibilidade de programas de computador para calcular estruturas que suportem bem estas formas irregulares. Na ausência desses programas o engenheiro que tivesse que fazer os cálculos mandaria o arquitecto ir dar uma curva e arranjar um projecto mais realizável. Esta desorganização do espaço urbano não me entusiasma embora aqui os "high-rises" se fiquem pela dezena de pisos, face aos prédios existentes com 3 ou 4.

A casa na esquina da W 23rd Street com a 10th Avenue é a galeria "Jim Kempner Fine Art" de que apresentarei algumas obras que aí estavam em exposição, em post futuro.

Um pouco mais à frente achei intrigante o reflexo, parece-me que de algumas nuvens no céu, nestas empenas metálicas



que enquadrei na composição mais abstracta que apresento a seguir:

2011-12-10

Má Tradução

Gostei imenso da trilogia da Fundação do Isaac Asimov quando a li, embora a “Fundação e Império” me tenha exigido um grande esforço. Li a “Segunda Fundação” com muito maior facilidade e só posteriormente li o primeiro livro da trilogia.

Alguns anos depois, quando me reconciliara com a língua inglesa, à força de ler os então indispensáveis manuais de computadores (é também desses tempos que vem a expressão arcaica  RTFM, “Read The Fucking Manual” – 7.540.000 resultados no Google), adquiri a versão em inglês da obra. Só então me apercebi que as dificuldades que tinha tido na leitura da “Fundação e Império” não eram devidas às dificuldades do género da Ficção Científica mas a uma tradução inacreditável, de que documento na imagem que segue a primeira página




Há pessoas que me dizem que com o que pagam não admira que as traduções deixem a desejar mas este parece-me ser um caso verdadeiramente extremo.

Post Scriptum: o original em inglês não é simples, no Google a tradução disto:
«
 But Bel Riose was young and energetic - energetic enough to be sent as near the end of the universe as possible by an unemotional and calculating court - and curious besides. Strange and improbable tales fancifully-repeated by hundreds and murkily-known to thousands intrigued the last faculty; the possibility of a military venture engaged the other two. The combination was overpowering.
»
dá isto:
«
Mas Bel Riose era jovem e cheio de energia - energia suficiente para ser enviado como perto do fim do universo possível por um tribunal sem emoção e cálculo - e curioso além. Contos estranhos e improváveis ​​fantasiosamente repetidos por parte de centenas e murkily conhecida a milhares intrigado a última faculdade, a possibilidade de um empreendimento militar contratou os outros dois. A combinação foi avassalador.
»

2011-12-09

Hari Seldon

É possível que Hari Seldon, da trilogia da Fundação de Isaac Asimov, esteja entre nós.


Certamente não é Newt Gingrich. Talvez seja alguém que tirou o curso de Economia porque não havia curso de Psico-História. Para mais detalhes ver aqui e aqui.

Rebecca Campbell

Continuando o passeio pelas galerias de Chelsea em Nova Iorque mostro agora, de Rebecca Campbell, a obra "Stand and Deliver"



Gostei da combinação duma atmosfera surreal com um estilo mais livre do que era comum nos surrealistas

Neste "Firecracker" também tinha uma mulher em cena



o mesmo se passando com este "Night Watch"



que me fez lembrar a imagem do blogue "O Mundo Perfeito" referida neste post e que me levou a esta foto do Gregory Crewdson

Estas obras estavam expostas na galeria Ameringer, McEnery, Yohe

2011-12-08

Grande discurso de Helmut Schmidt

O texto integral do discurso do ex-chanceler alemão está disponível aqui.

De várias frase notáveis destaco estas:

«
Mas simultaneamente desenvolveu-se um grave erro, nomeadamente os enormes excedentes da nossa balança comercial. Desde há anos que os excedentes representam 5% do nosso PIB. São comparáveis aos excedentes da China. Isto não nos é completamente claro porque os excedentes não se contabilizam em marcos, mas em euros. Mas é necessário que os nossos políticos consciencializem esta circunstância.
Porque todos os nossos excedentes são, na realidade, os défices dos outros. As exigências que temos aos outros, são as suas dívidas. Trata-se de uma violação irritante do por nós elevado a ideal legal do «equilíbrio da economia externa». Esta violação tem de inquietar os nossos parceiros. 
»

«
A República Federal da Alemanha, muito grande e muito eficaz, precisa – também para se defender de si própria! – de se encaixar na integração europeia. Por isso desde os tempos de Helmut Kohl, desde 1992 que o artº 23º da Constituição nos obriga a colaborar «... no desenvolvimento da União Europeia». Este artº 23º obriga-nos a esta cooperação também no «princípio da subsidiariedade...». A crise atual da capacidade de ação dos órgãos da UE não muda em nada estes princípios.
»

Barbara Takenaga

Li no guia de Nova Iorque que havia muitas galerias de arte contemporânea no bairro de Chelsea e fui lá visitá-las.

Muitas vezes acho pouca graça à arte do nosso tempo, mas atribuo essa maior heterogeneidade na qualidade das obras ao facto de terem sido ainda pouco filtradas pela "selecção natural". As que não estejam esquecidas daqui a uns vinte, trinta, ou mais anos, serão um conjunto mais consistente do que o que agora nos é dado contemplar.

De uma forma geral, quando as imagens não são figurativas prefiro alguma ordem geométrica ou pelo menos algum ritmo.

É o caso desta obra, da Barbara Takenaga, uma artista americana com ascendência japonesa


Houve qualquer problema com o controlo de brancos e optei por transformar a foto que tirei numa imagem a preto e branco, uma vez que mostram a mesma obra aqui na Artnet onde parece ter pouca cor. Os pequenos círculos lembraram-me as pinturas australianas, como as que mostrei há muito tempo aqui e aqui.

Gostei do quadro seguinte porque embora seja não figurativo e tenha pouco ritmo (não há regra sem excepção), me faz lembrar um céu estrelado


E também gostei desta última obra que, à semelhança da primeira, faz lembrar a terra dos sonhos dos australianos



Estas três obras estavam à venda na galeria DC Moore.

2011-12-06

Arranha-céus e Plumas

No caminho para o bairro de Chelsea em Nova Iorque passei por este arranha-céus de que gostei.

Acho engraçados estes remates das torres, para lhes dar alguma individualidade, e gosto sempre de ver coisas recortando-se contra um céu azul


e também gosto destas caixas de vidro de formas simples mas com ritmos subtis, neste caso o número de pisos entre duas reentrâncias vai variando


e chegado ao rio Hudson havia um pequeno tufo de plumas que não arranhava o céu



e que brilhava em contra-luz

2011-12-05

Época Natalícia e Regulação de Crédito Pessoal

Recebi um SMS do Unibanco dizendo: "Porque o Natal é um momento importante, transfira já para a sua conta o limite disponível no seu cartão! Ex xxx eur, 12m, TAN 23,20%, TAEG 28,0%. Ligue yyy"

Fui ver o significado de TAN, que é "Taxa Anual Nominal" e de TAEG que é "Taxa Anual Efectiva Geral", incluindo esta última as variadas despesas associadas aos créditos pessoais.

Atendendo a que estes empréstimos são de alto risco, caso contrário a taxa de juro não seria tão elevada, e atendendo a que existe uma boa probabilidade dos problemas financeiros resultantes destas transacções acabarem por vir parar ao meu bolso de contribuinte, quer recapitalizando o banco para o ajudar a ultrapassar os problemas com o crédito mal parado, quer através da concessão do Rendimento Mínimo de Inserção ao compatriota que se arruinou a contrair dívida que terá que pagar com encargos de 28% anuais, parece-me que seria uma boa ideia que estas transacções fossem ilegalizadas e que fosse limitada a taxa de juro de crédito pessoal para consumo a valores muito inferiores aos que acabo de citar.

No fundo trata-se de uma situação parecida à da obrigatoriedade do uso do cinto de segurança: como as despesas com o sinistrado vão sobrar para a comunidade esta tem o direito de intervir para limitar os danos.

Para variar um pouco destes temas da crise lembrei-me de fazer um filminho dum canguru (brinquedo de corda) que comprei no Imaginarium (passe a publicidade) e que dá uns saltos muito engraçados. Há muitos anos tinha comprado um ratinho que fazia os mesmos saltos mas entretanto avariou-se.

Para compor a paisagem do filme coloquei uma pseudo-estrela de Natal, feita com os componentes de uma "Ball of Whacks". Mesmo querendo fugir aos hábitos consumistas acabei aqui a fazer publicidade mas, enfim, o filminho ficou engraçado:


2011-12-03

Como preservar as pensões de reforma segundo o BCE

Este filme didáctico do Banco Central Europeu que vi aqui é extraordinário:




Diz por volta de 02:50, num pesadelo que se passa numa sociedade com inflação, que os preços estão sempre a subir e que as pensões de reforma não e a pobre reformada está a ver o seu poder de compra diminuir.

Remédio que o Banco Central Europeu está a aplicar em Portugal, para evitar que a inflação faça diminuir o poder de compra das pensões de reforma: diminui as pensões de reforma!!!

Homem-Objecto

Depois da publicidade ter tratado as mulheres tantas vezes como mulheres-objecto, chegou a altura de fazer o mesmo com os homens.

Nesta loja em Nova Iorque tinham um modelo masculino, disponível na porta de entrada, para ser fotografado com potenciais clientes


Mesmo assim não se trata duma simetria perfeita, não me lembro de ver mulheres nestes preparos a tirar fotos com passantes.

Às vezes fala-se que na maioria das espécies animais é o macho quem a natureza dotou de adornos enquanto na espécie humana o interesse pelos adornos tem sido mais acentuado nas mulheres, talvez para compensar alguma falta de adornos naturais dos homens.

Já dentro da loja não resisti a fotografar este contraste entre o Adónis do poster na parede


e a cliente da loja compreensivelmente cansada depois de ter perdido a batalha da manutenção da linha.

2011-11-27

Central Park

Um grande parque rodeado por arranha-céus é o que tenta transmitir esta imagem do Central Park em Nova Iorque



enquanto na seguinte acho que apreciei a biodiversidade das árvores acompanhando a diversidade de estilos dos prédios



Visitei Nova Iorque na 2ª quinzena de Outubro e estava à espera dum Outono de dourados, cobres, laranjas e vermelhos espectaculares. Dado que esta simpática árvore com folhagem outonal foi quase um caso único concluí, talvez apressadamente, que a visita de Outono não se deve limitar a um parque citadino



e termino com esta clareira banhada pelo sol, enquadrada por folhagem mais escura