2008-11-25

Flamingos

No passeio à beira-rio ao pé da ponte Vasco da Gama fui avistando com grande frequência pequenos bandos de flamingos (meia-dúzia a uma dúzia), na maré-baixa, juntando-se às gaivotas, à ocasional garça real solitária e a outros pássaros que se alimentam das pequenas criaturas que vivem no lodo.

Até há pouco tempo só tinha visto flamingos em filmes sobre a vida selvagem e em jardins zoológicos pelo que os fotografei com o meu telemóvel. Infelizmente as aves costumam manter uma boa distância entre elas e a terra firme e as fotos ficavam sempre muito más, com uns pontinhos brancos imperceptíveis.

Dada a regularidade da presença dos flamingos nas marés-baixas, fui ver uma tabela de marés na internet e fui tirar fotos com a minha máquina compacta. As fotos não ficaram grande coisa, era preciso mesmo uma teleobjectiva, mas fica aqui documentada a presença dos flamingos nestas paragens, na primeira foto mostra o enquadramento, a segunda imagem é um "crop" da primeira, na terceira imagem vêem-se os flamingos a afastar-se do fotógrafo, mesmo estando ele tão longe.






7 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Helena Araújo disse...

Será resultado do aquecimento global?
À Alemanha estão a chegar insectos e doenças tropicais...

Um dos momentos mágicos da minha vida aconteceu no delta do Ebro, quando um bando de flamingos levantou voo mesmo ao meu lado, e de repente ficou tudo cor-de-rosa. Lindo!

Talvez um dia isso aconteça também em Lisboa?

jj.amarante disse...

Helena, acho que não, acho que sempre houve flamingos no estuário do Tejo mas como no sítio da Expo havia muitos contentores ferrugentos, tapavam a vista. Talvez também não gostassem da estação de tratamento de lixo. Agora que a situação desta beira-rio melhorou espectacularmente eles voltaram.
Na Alemanha ainda têm o "general inverno", como referia o David Landes na "Pobreza e riqueza das nações", que mata esses bichinhos tropicais que os turistas alemães trazem nos voos intercontinentais (mesmo quando não vêem as moscas).
Quanto aos flamingos cor-de-rosa, a dieta destes tem-lhes proporcionado pouca pigmentação, estão mais para o branco. Se calhar é a crise, já não têm ninguém para lhes cozer os camarões e têm que os comer mesmo crus e sem côr...

Helena Araújo disse...

O general inverno foi para a reforma...
Já há pássaros que não se dão ao trabalho de ir para sítios mais quentes durante o inverno.
Uma vez, em San Francisco, um amigo meu apontou para a quantidade de viçosas buganvílias que por lá crescem. Há vinte anos não medravam, diz ele.

bookworm disse...

de cada vez que passo na vasco da gama e vejo os flamingos (já tive a sorte de ter um bando a sobrevoar-me o carro), penso em encontrar o caminho a pé e fotografá-los, mas adio sempre o projecto. agora, a ver estas fotos, deu-me outra vez vontade de cumprir o objectivo.

Anónimo disse...

Tanto quanto me lembro das aulas de campo no estuário do Tejo: os flamingos acinzentados ou esbranquiçados são juvenis / adolescentes, apenas quando adultos têm plumagem rósea (pelo menos era o que ensinavam os monitores do centro de apoio da RNET), o que se relaciona também com a alimentação (algas e artémia salina, esta sim cuja cor pode variar imenso dependendo do alimento - http://www.wfu.edu/biology/faculty/brownera/artemia.jpg).

m.

jj.amarante disse...

Obrigado pela informação m.