2008-11-23

Beira-rio (Tejo)

Não sendo uma obrigação, gosto de manter uma associação de ideias, um fio-da-meada, entre dois posts adjacentes. Dado que já estava um pouco cansado de tantos lugares distantes, esta referência a Fátima, a filha do profeta Maomé, permite-me fazer a ligação à localidade portuguesa do mesmo nome e regressar a Portugal.

Tiro menos fotografias em Portugal do que fora do país, nomeadamente porque quando ando por fora ando mais acompanhado pela máquina fotográfica. No entanto, com os avanços dos telemóveis que, no meio de tanta nova função, felizmente ainda nos permitem fazer chamadas telefónicas, costumo agora andar sistematicamente acompanhado da câmara fotográfica do telemóvel que, embora de qualidade fraca, sobretudo em situações de pouca luz, permite às vezes guardar imagens de qualidade razoável.

Um dos motivos frequentes dessas imagens de telemóvel é precisamente a margem do rio Tejo, no troço entre a estátua da Catarina de Bragança e a foz do rio Trancão, em boa hora despoluído e regressado à vida normal.

Não me canso de louvar todos os que contribuíram de forma tão eficaz para o bom sucesso da área do Parque das Nações, proporcionando um ambiente extremamente agradável para passeios a pé.

Nesta primeira imagem, tirada em Mar/2007 ao fim da tarde, o rio estava como um espelho, reflectindo um céu basicamente cinzento mas com alguma variedade.



A segunda imagem, tirada em 04-Abr-2008 por volta do meio-dia, mostra um mar de malmequeres campestres sobre uma colina que é ironicamente formada pelos restos da estação de tratamentos de lixo que existia neste local antes da Expo 98. A colina ainda está envolta por uma vedação, presumo que o local ainda não esteja completamente descontaminado, mas já permite o crescimento em grande quantidade destas flores. È curioso como a Primavera chega cedo a Portugal.



Na terceira imagem, tirada em 9-Mai-2008, outra vez ao fim da tarde, regressamos a um enquadramento semelhante ao da primeira imagem deste post mas corria então uma brisa, a superfície do rio não era um espelho mas reflectia mesmo assim a claridade da protagonista principal desta imagem, a grande nuvem branca destacada no céu azul de Lisboa.



Constato que enquanto o Hole Horror tem maior tendência para as imagens matinais, ou mesmo de madrugada, do rio Tejo, nas minhas o sol ou vai alto ou está quase a pôr-se.

2 comentários:

jcd disse...

Tem dias. às vezes o entardecer também é fotografado, como hoje, por exemplo. O nascer do sol no Outono tende a ser mais espectacular do que nas outras estações.
Joana

Anónimo disse...

CONTINUE A FOTOGRAFAR A primavera! nunca desista, pois ela ainda não desistiu de nos oferecer o que tem de melhor...as flores!
olhando-as, descobrimos o poder da terra e o seu ciclo.
com elas, sabemo-nos renovados!
fotografe sempre e também o nascer e o por do sol; reparou como voltam sempre?..

Felismina Costa